Você vai conhecer os moradores nas ruas antigas de Polican antes de fazer trilhas pela floresta até a Cachoeira Bogove — se tiver coragem para um mergulho! Explore as vistas incríveis do Canyon Osum com seu guia contando lendas pelo caminho. Prepare-se para água gelada, pão quentinho e histórias que vão ficar com você muito depois de deixar a Albânia.
Mal saímos de Berat e nosso guia, Ardit, já começou a contar sobre Polican — “a cidade das armas”, como ele chamou. Ele desacelerou para mostrarmos as antigas fábricas pela janela, aqueles esqueletos de concreto surgindo entre as colinas verdes. Perguntei se alguém ainda trabalhava lá, ele balançou a cabeça, mas dava pra ver que tinha mais pra contar. Paramos para um café num barzinho minúsculo onde um homem de boina nos olhou sério, sem sorrir; acho que estava nos avaliando. O ar cheirava a fumaça de lenha e um doce que eu não consegui identificar.
A viagem até o Canyon Osum pareceu mais longa do que no mapa, talvez por causa das estradas cheias de curvas. Quando finalmente paramos pra esticar as pernas, Ardit apontou para o fundo do canyon — confesso que meu estômago deu um frio ao olhar para o abismo. O rio lá embaixo parecia até irreal, aquele azul-esverdeado que só se vê em cartão-postal. Ele contou sobre Abaz Ali e como as pessoas vêm aqui para tocar a “pegada” em busca de sorte; tentei prestar atenção, mas o som da água ecoando lá de baixo me distraía. Estava mais frio do que eu esperava — ainda bem que levei jaqueta.
A parte que mais curti foi a caminhada pelo Parque Bogove até a cachoeira. O chão era macio e de vez em quando vinha aquele cheiro de terra molhada misturado com ervas selvagens (alecrim? tomilho? nunca sei ao certo). Quando chegamos na Cachoeira Bogove, Ardit nos desafiou a nadar — eu fui o primeiro e quase perdi o fôlego de tão gelada que estava a água. Todo mundo riu do meu grito; até umas crianças locais que assistiam acharam engraçado. O sol passava entre as árvores em pequenos feixes, deixando tudo com um toque meio mágico por um instante. Ainda lembro daquela sensação gelada quando fecho os olhos.
O almoço foi simples — pão, queijo, tomate — mas depois do banho parecia o melhor do mundo. Alguém passou uma garrafa de raki (não sei quem trouxe), e ficamos sentados nas pedras até as roupas secarem o suficiente para voltar. No caminho de volta, ninguém falou muito; só aquele cansaço gostoso, quando as pernas doem mas a mente está cheia. Se estiver pensando em um passeio de um dia para o Canyon Osum e Cachoeira Bogove saindo de Berat... eu faria tudo de novo só por aquele banho.
O passeio dura o dia todo, começando em Berat com várias paradas; espere cerca de 8 horas no total.
Sim, quem quiser pode nadar — a água é bem fria mesmo no verão.
Inclui transporte privado, almoço piquenique e guia local durante todo o passeio.
Não — a exploração completa do canyon só é possível na estação seca (julho a setembro); nos outros meses, o foco é nos mirantes acima.
Sim, o guia vai te buscar no hotel ou em ponto central em Berat.
Sim — as trilhas são moderadas e acessíveis para a maioria das pessoas com preparo básico.
Leve calçado confortável, uma jaqueta (pode esfriar), roupa de banho se quiser nadar, e dinheiro para lanches ou café.
Seu dia inclui transporte privado saindo de Berat com busca pelo guia, um almoço piquenique tranquilo após o banho na Cachoeira Bogove (com bastante pão fresco e queijo), além de tempo para explorar as trilhas do Canyon Osum — antes de voltar no fim da tarde.
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