Você vai rodar o lendário Ha Giang Loop de moto (com easy rider se preferir), dormir em casas locais, comer com famílias de minorias étnicas, navegar pelo rio Nho Que sob penhascos imensos e passear por cidades antigas ao entardecer. Se busca paisagens montanhosas puras e momentos humanos de verdade, aqui é o lugar.
Eu não esperava ficar nervoso só por estar na garupa de uma moto, mas lá estava eu — capacete meio torto, vendo nosso guia Minh amarrar minha mochila com mãos experientes. O Ha Giang Loop começou cedo, depois de uma noite no hostel na cidade de Ha Giang (o banho grátis foi uma mão na roda depois). A cidade sumiu rápido; logo só havia aquele ar puro de montanha e aquele cheiro estranho de gasolina misturado com pinho. Minh apontou o “Km0” na Estrada da Felicidade e sorriu — disse que levaram 11 anos para esculpir essa estrada nas rochas. Tentei imaginar isso enquanto subíamos para o Portão do Céu de Quan Ba, mas, pra ser sincero, eu estava mais ocupado me segurando firme e admirando aquelas colinas que pareciam saídas de uma pintura antiga.
Almoçamos perto de Tam Son — perdi a noção do tempo — arroz com carne de porco numa casa onde quase não falavam inglês, mas sorriam muito. Depois, visitamos a vila de linho Lung Tam. As mulheres deixaram eu tocar o linho cru antes da tintura; as mãos delas voavam nos teares. Li riu quando tentei dizer “xin chào” no dialeto dela (provavelmente estraguei tudo). À noite, na vila de Du Gia, jantamos arroz grudado e vinho de milho ao redor do fogo na cozinha da família anfitriã. O silêncio lá fora era imenso — só sapos e risadas distantes de crianças correndo pelos arrozais.
No dia seguinte, só curvas e subidas por Meo Vac até Dong Van, com aquelas quedas vertiginosas no passo Ma Pi Leng que fizeram meu estômago dar voltas mais de uma vez. Minh apontava os lugares onde, décadas atrás, trabalhadores esculpiram as pedras. Fizemos um passeio de barco pelo rio Nho Que, passando pelo desfiladeiro Tu San Abyss; a água era tão verde que parecia até falsa sob o sol. Depois, caminhando pela cidade antiga de Dong Van após o jantar, alguns moradores tocavam música na praça — não para turistas, mas para eles mesmos — e ficamos ouvindo até o frio fazer nossa respiração aparecer no ar.
Na última manhã, visitamos o palácio do Rei Hmong — as paredes de pedra ainda frescas mesmo com o sol nascendo. No caminho de volta para Ha Giang, passamos por florestas de pinheiros que cheiravam a chuva, mesmo sem uma gota cair. É curioso como você se acostuma rápido a acenar para estranhos na moto ou tomar chá com gente que talvez nunca mais verá. Ainda penso naquela vista do Ma Pi Leng quando estou preso no trânsito em casa.
O tour tem duração de 3 dias e 2 noites.
Sim, o transfer de Hanoi ou Sapa está incluso, feito de ônibus leito ou limousine.
Não, se preferir, um easy rider (motorista) pode levar você na garupa.
Você passa uma noite na vila de Du Gia e outra na cidade antiga de Dong Van, ambos em casas locais.
Sim, café da manhã, almoço e jantar todos os dias estão inclusos.
Você visita o Portão do Céu de Quan Ba, a vila de linho Lung Tam, o passo Ma Pi Leng, faz passeio de barco no rio Nho Que, conhece a cidade antiga de Dong Van e o Palácio do Rei Hmong.
Os grupos são pequenos: de 2 a 10 pessoas no máximo.
Sim, refeições vegetarianas podem ser solicitadas.
Não é recomendado para quem tem lesões na coluna ou problemas cardiovasculares.
Seu roteiro inclui transfer ida e volta de ônibus leito ou limousine de Hanoi ou Sapa para Ha Giang (mais uma noite grátis no hostel antes do início), todo transporte de moto com guias experientes (ou easy riders), duas noites em casas locais com jantares e cafés da manhã compartilhados com as famílias, almoços diários em restaurantes locais ao longo do percurso, entradas para atrações como o Palácio do Rei Hmong e passeio de barco no rio Nho Que — e claro, sempre um chá quentinho esperando após cada trecho.
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