Você vai caminhar pela verdejante vila Materuni até sua cachoeira impressionante, provar comida e cerveja de banana Chagga, ajudar a torrar e moer café com os locais, e relaxar nas águas cristalinas de Kikuletwa antes de voltar — com sapatos enlameados, mãos cheirando a fumaça e sorrisos largos.
A primeira coisa que lembro é o som — água caindo com força lá na frente, escondida pelo verde denso. Acabávamos de sair de Moshi, balançando na van enquanto nosso guia Musa apontava pequenos milharais e crianças acenando à beira da estrada. O ar tinha aquele cheiro fresco e úmido, como terra molhada depois da chuva. Quando chegamos na vila Materuni, meus sapatos já estavam meio enlameados (deveria ter escutado sobre as botas de trilha). A caminhada até a Cachoeira Materuni levou uns quarenta minutos — tempo suficiente para minha camiseta grudar nas costas e para o Musa nos ensinar a dizer “asante” do jeito certo (ainda acho que não consegui). Quando finalmente vimos a cachoeira — tão alta que quase sumia na névoa lá em cima — fiquei parado, piscando. Algumas pessoas nadaram, mas eu só deixei a água bater no rosto por um tempo. Estava fria, barulhenta e perfeita.
O almoço foi no quintal de uma família — um cozido típico Chagga com cerveja de banana servida em copos plásticos. O Musa sorriu quando fiz uma careta no primeiro gole (é... diferente), mas acabei gostando. A parte do café foi mais divertida do que eu esperava. Ajudamos a torrar os grãos no fogo, moendo com grandes pilões de madeira enquanto duas mulheres cantavam uma música ritmada que ficou na minha cabeça a tarde toda. Minhas mãos ficaram cheirando a fumaça e café por horas. Tomar aquela xícara — depois de todo o trabalho — foi especial. Talvez fosse só estar ali, olhando as colinas e rindo com todo mundo sobre quem tinha derramado o quê.
A viagem até as Águas Termais de Kikuletwa foi cheia de solavancos, fazendo a gente rir toda vez que alguém batia a cabeça na janela. O lugar em si parecia simples no começo — umas árvores, barulho de uma pequena barraquinha — até você ver a água: azul-esverdeada, tão cristalina que dava para contar os dedos dos pés debaixo d’água. Tem até um balanço de corda para quem é mais corajoso que eu (as crianças locais faziam parecer fácil). Fiquei flutuando até a pele enrugar, ouvindo as piadas em suaíli e vendo o sol brincar entre as folhas acima. Saímos justo quando tudo ficou dourado antes do pôr do sol; até hoje penso naquela luz.
Cerca de 40 minutos cada trecho saindo da vila Materuni por uma trilha que às vezes fica escorregadia.
Sim, um almoço tradicional Chagga é servido durante a visita na vila Materuni.
Leve roupa de banho e toalha para nadar nas Águas Termais de Kikuletwa.
Se o tempo estiver aberto e sem nuvens, há boas chances de avistar o topo do Kilimanjaro durante a caminhada.
A trilha é moderada e pode ficar escorregadia; recomendamos bons calçados de caminhada, mas a maioria das pessoas com preparo físico básico consegue fazer.
Sim, transporte privado com busca nos hotéis em Moshi ou Arusha está incluído.
Água mineral, refrigerantes, degustação de cerveja de banana e bebidas alcoólicas estão incluídos.
A viagem dura cerca de 1 hora e 20 minutos por estradas que podem ser um pouco esburacadas.
Seu dia inclui transporte privado com busca no hotel em Moshi ou Arusha, entradas para todos os locais visitados, água mineral e refrigerantes durante o passeio, almoço tradicional Chagga com degustação de cerveja de banana na vila Materuni, além de tempo para nadar nas Águas Termais de Kikuletwa antes de voltar no fim da tarde.
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