Remar em águas cristalinas de Lisboa até Arrábida, explorar grutas antigas com guia, saltar de penhascos aquecidos pelo sol, fazer snorkel entre peixes coloridos na reserva marinha e terminar com um almoço tranquilo na praia antes de brindar com vinho do porto caseiro no caminho de volta.
Saímos de van logo após o nascer do sol, com Lisboa ainda meio adormecida para trás. A estrada rumo ao sul, para Arrábida, serpenteava entre colinas cheirando a eucalipto e maresia — nosso guia João apontava vilarejos de pescadores que eu nunca tinha ouvido falar. Quarenta minutos depois, a água no Portinho da Arrábida parecia até irreal, tão cristalina que dava para ver cada ondulação na areia. Eu estava meio nervoso com o tal do coasteering (nunca tinha feito), mas o João só sorriu e me entregou uma roupa de neoprene. “Você vai estar mais quente do que imagina”, garantiu. E ele tinha razão — quando já estávamos remando nos caiaques coloridos, o sol já aquecia meus ombros.
A costa aqui é toda feita de calcário recortado e grutas misteriosas. Paramos na Lapa de Santa Margarida — o João mostrou fósseis presos na pedra como se fossem moedas antigas, e quando disse que alguns tinham milhões de anos quase larguei o remo. Teve um momento em que subimos numa pedra para saltar do penhasco — minhas pernas tremiam um pouco, confesso — e de repente eu estava no ar, com a água fria e borbulhante me envolvendo. Alguém distribuiu lanchinhos de uma bolsa seca (acho que era figo e queijo da região) enquanto flutuávamos perto da Praia da Anicha. Sal na boca, sol nos olhos, e todo mundo rindo da nossa dificuldade para voltar aos caiaques.
Depois fizemos snorkel numa ilhota dentro da reserva marinha — peixes por todos os lados, brilhando em prata e amarelo. O silêncio debaixo d’água parecia pesado perto da nossa conversa animada de antes. O almoço foi na areia mesmo: peixe grelhado com sabor defumado e adocicado, pão quentinho, suco de uva caseiro servido em copos diferentes. Tem algo especial em comer com os pés na areia que deixa tudo mais gostoso — não paro de pensar naquela refeição.
Na volta para Lisboa, passamos por colinas verdes cheias de sobreiros e paramos para um brinde rápido com o vinho do porto caseiro do João (ele chamou de “coragem líquida” para a próxima vez). Meu cabelo ainda cheirava a sal do mar horas depois. Se você quer um passeio fácil de um dia saindo de Lisboa que parece outro mundo, esse é o caminho.
O passeio dura cerca de 8 a 9 horas, incluindo o transporte desde Lisboa.
Sim, um almoço completo é servido na praia após o caiaque e snorkel.
Não, não é necessário ter experiência; os guias dão todas as instruções e fornecem o equipamento.
Você recebe roupa de neoprene, meias e luvas de neoprene, sapatos de borracha, capacete, equipamento de snorkel, caiaque e colete salva-vidas.
Transporte privado pode ser contratado por um custo extra; caso contrário, o ponto de encontro é no local de saída.
Assentos infantis especiais estão disponíveis, mas os participantes devem ter condicionamento físico moderado.
Você conhecerá o Portinho da Arrábida, a gruta Lapa de Santa Margarida, a Praia da Anicha e o Forte de Santa Maria da Arrábida.
Você fará snorkel numa ilha da Reserva Zoológica Marinha, com vida marinha vibrante e única dessa região de Portugal.
Seu dia inclui caiaques para três pessoas com remos e equipamentos de segurança; roupa de neoprene com meias e luvas; todo o equipamento de snorkel; lanches durante as paradas; seguro pessoal; almoço-piquenique na praia com suco de uva caseiro; café ou chá; além de transporte privado se optar pelo pickup em Lisboa — e termina com um brinde ao vinho do porto caseiro do João antes de voltar pela estrada com vistas das montanhas.
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