Você vai rodar pela Nowa Huta em Krakow num clássico Trabant ou Lada com seu guia local, ouvir histórias pessoais do passado comunista da Polônia, visitar uma lojinha original dos anos 50 e (na opção deluxe) explorar o bunker da Usina Lenin e almoçar pierogi. Saia com memórias curiosas e talvez mais perguntas do que respostas.
Uma mistura estranha de curiosidade e nervosismo tomou conta de mim enquanto balançávamos pela Nowa Huta naquele velho Trabant quadrado — sinceramente, nunca tinha ouvido um carro com um som assim. Nosso guia, Piotr, tinha um humor seco que transformava o passeio em algo mais parecido com uma conversa com um amigo que conhece cada canto estranho de Krakow. Ele apontava aqueles enormes blocos de apartamentos — linhas retas e concreto cinza — construídos para ser a “cidade comunista perfeita”. É difícil imaginar como era a vida ali, mas Piotr soltava pequenas histórias, como a da tia dele fazendo fila para comprar laranja ou escondendo fitas cassete com música ocidental.
Paramos numa lojinha dos anos 50 (funciona só durante a semana, então torça para estar aberta), e o cheiro era uma mistura de papel antigo com algo doce que não consegui identificar. As prateleiras pareciam congeladas no tempo — canecas esmaltadas, cartazes desbotados, até brinquedos da era soviética. Tentei pedir uma lembrança em polonês; o dono sorriu e mudou para o inglês quando eu emperrei no “dziękuję”. Depois, entramos num restaurante bem old school, com papel de parede que parecia mais velho que eu. Se escolher a opção deluxe, o almoço é com pierogi — massa macia, recheio quentinho e um shot de vodka que quase me fez tossir na frente de todo mundo (Piotr riu muito).
O ponto alto foi ficar em frente aos portões da Usina Lenin — enormes e até intimidantes, mesmo hoje. Na versão deluxe, você entra num dos bunkers da Guerra Fria. Lá dentro é frio e tem um cheiro metálico; Piotr acendeu a lanterna e contou como os oficiais se esconderiam ali se algo desse errado. Perto dali, tem um tanque IS-2 estacionado — tirei foto, mas de perto ele parece grande demais para ser real. Ainda deu tempo de passar rapidinho na Igreja Lord’s Ark, se o trânsito colaborar; ela parece um oásis no meio de tanto concreto.
Ainda penso naqueles pequenos momentos: o barulho das portas do Trabant fechando, as histórias meio sérias do Piotr sobre cartões de racionamento, até ver os moradores passando com as compras enquanto tomávamos chá em xícaras lascadas. Se quiser conhecer um lado diferente de Krakow — não só as praças bonitas, mas algo mais cru — esse tour privado pela Nowa Huta vale muito a pena. Só não espere entender tudo na primeira vez.
Você vai andar em um verdadeiro Trabant, Fiat Polonês (“Toddler”) ou Lada soviético durante o passeio.
O almoço com pierogi está incluso apenas na opção deluxe de 3,5 horas; os tours padrão oferecem apenas refrescos.
A opção deluxe inclui entrada nos prédios administrativos e no bunker da Guerra Fria; o tour padrão para só na entrada.
Sim, há uma visita rápida a uma lojinha dos anos 50 com souvenirs únicos, se estiver aberta (de segunda a sexta).
A opção padrão dura cerca de 2,5 horas; a deluxe, aproximadamente 3,5 horas.
Bebês são permitidos, mas devem ficar no colo de um adulto; animais de serviço também são aceitos.
Não há menção de busca no hotel; o transporte é feito dentro de Nowa Huta em carros clássicos.
Seu guia Crazy fala inglês (e às vezes polonês); são locais que conhecem bem a história de Nowa Huta.
Seu dia inclui passeio pela Nowa Huta em um Trabant ou Lada privado com seu guia Crazy, refrescos em restaurante antigo (mais almoço com pierogi e shot de vodka na opção deluxe), entrada em pontos-chave como o portão da Usina Lenin ou seu bunker da Guerra Fria (deluxe), além de tempo numa lojinha original dos anos 50, se aberta, antes de voltar para o Krakow moderno.
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