Você vai se juntar a um grupo pequeno para explorar a fazenda Cape Saunders na Península de Otago—caminhando entre ovelhas e a costa selvagem com um guia local que conhece cada canto e som dos pássaros. Veja leões-marinhos descansando nas pedras, busque pinguins-de-olho-amarelo em esconderijos secretos e sinta a brisa salgada no rosto numa praia exclusiva. Não é nada arrumadinho ou previsível—é natureza pura e momentos reais para guardar na memória.
“Provavelmente você vai sentir o cheiro dos leões-marinhos antes de vê-los”, brincou nosso guia, Tom, enquanto balançávamos pelo último trecho de estrada de terra rumo a Cape Saunders. Ele estava certo — primeiro veio aquele cheiro forte e salgado, depois os rosnados baixos vindos de algum lugar lá embaixo, perto das falésias. Nosso grupo pequeno (só oito pessoas) saiu em silêncio contra o vento, com as jaquetas bem fechadas. Eu não conseguia parar de pensar que essa parte de Dunedin parecia mais Escócia do que Nova Zelândia — céu carregado e colinas cheias de ovelhas. Tom apontou para um par de albatrozes que planavam lá no alto, com asas quase impossíveis de tão grandes. Tentei tirar uma foto, mas acabei só admirando.
A descida até a praia privada foi mais íngreme do que eu esperava — a areia mexendo sob as botas, o vento puxando meu chapéu. Havia leões-marinhos espalhados por toda parte, como se alguém tivesse jogado uma sacola cheia de pedras molhadas na areia. Ficamos quietos em um dos esconderijos enquanto Tom sussurrava sobre como os pinguins-de-olho-amarelo são raros aqui na Península de Otago. Quando um finalmente apareceu, andando desajeitadamente atrás de uma pedra, alguém atrás de mim deu um suspiro (acho que fui eu). O lugar todo parecia pertencer mais a eles do que a nós.
Não esperava rir tanto em um tour de vida selvagem, mas teve um momento em que um leão-marinho latiu e assustou um dos outros visitantes, que deixou os binóculos caírem — Tom só piscou e passou outro par (eles têm reserva). O tempo mudava a cada dez minutos: um solzinho rápido, depois a névoa vindo do Pacífico. Minhas mãos estavam geladas, mas nem liguei; ver aquelas aves voando sobre as ondas deixava tudo mais calmo por dentro. Na volta pela fazenda, as ovelhas nos observavam com aquele olhar vazio que só ovelha tem. Alguém perguntou se podíamos ficar mais tempo e Tom deu de ombros: “Os animais não seguem nosso relógio.”
Os tours são feitos com no máximo 10 pessoas por grupo.
Você pode avistar pinguins-de-olho-amarelo, leões-marinhos da Nova Zelândia, focas, albatrozes e várias aves marinhas.
Sim, o transporte está incluído saindo de pontos específicos em Dunedin.
O tour dura cerca de 4 horas.
Sim, há banheiros tanto na fazenda quanto no ponto de encontro no Octagon, em Dunedin.
Não são fornecidas refeições, mas há água e biscoitos gratuitos a bordo; os visitantes podem levar seus próprios lanches.
É preciso um preparo físico moderado por causa das colinas e terrenos irregulares, incluindo areia e escadas.
Crianças pequenas podem ter dificuldade com o terreno; por questões de segurança, não é permitido que crianças se sentem no colo de adultos.
Seu dia inclui transporte em veículo com ar-condicionado em Dunedin, uso de binóculos de alta qualidade para observar a vida selvagem nas praias e reservas privadas de Cape Saunders, jaquetas à prova de vento e chuva (confie em mim — você pode precisar), além de água e biscoitos a bordo antes de retornar ao ponto de partida após quatro horas ao ar livre.
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