Viva um dia na selva Lacandona em Chiapas, navegando até as ruínas à beira do rio em Yaxchilán e conhecendo os murais vibrantes de Bonampak. Com guias locais cheios de histórias e risadas, refeições inclusas e momentos entre pedras antigas e sons da floresta, você vai levar lembranças que ficam para sempre.
O dia não começou exatamente como eu imaginava — esqueci minha capa de chuva na van, e o ar perto do Rio Usumacinta estava mais pesado do que eu esperava, com aquele cheiro verde que só a verdadeira selva tem. Nosso guia, Juan, só sorriu e me entregou uma capa. “Aqui sempre é assim,” disse ele, e, para ser sincero, até gostei. O passeio de barco até Yaxchilán foi mais barulhento do que eu pensava — o motor ecoando na água, pássaros gritando lá em cima. Passamos por árvores tão entrelaçadas que pareciam querer engolir o rio inteiro.
Quando finalmente pisamos nos degraus de pedra de Yaxchilán (escorregadios por causa da chuva da noite anterior), Juan começou a mostrar as esculturas nas estelas — histórias de governantes e rituais, algumas desgastadas, mas ainda nítidas depois de tantos séculos. Ele explicou como os maias construíram a cidade numa curva do rio para se proteger. Tentei seguir um dos glifos com o dedo (com cuidado — acho que não era permitido), sentindo a profundidade das linhas. Ficou um silêncio estranho quando passamos por baixo de um dos lintéis antigos; até as cigarras pareceram fazer uma pausa.
Depois de um café da manhã rápido (ovos, tortillas, café com um leve sabor defumado), seguimos mais fundo pela selva Lacandona rumo a Bonampak. Os murais lá são incríveis — não são só pinturas antigas, mas cenas inteiras: guerreiros com cocares de penas, músicos com trombetas de concha, rostos presos no meio de um grito ou oração. Um homem lacandón chamado Manuel explicou um pouco do que estávamos vendo; sua túnica branca parecia brilhar naquela luz fraca dentro da Sala 1. Ele riu quando tentei falar “Bonampak” do jeito dele — definitivamente errei a pronúncia. O ar lá dentro tinha cheiro de pedra úmida e algo doce vindo de fora, talvez flores silvestres? Difícil dizer.
Até hoje lembro das cores — azul-esverdeado e vermelho ferrugem contra as paredes cinzas — e do silêncio que tomou conta de todos ao olhar para elas. É estranho como você se sente tão distante de tudo lá fora, mas ao mesmo tempo tão perto das pessoas que viveram aqui há mil anos. Saímos sujos de lama, mas felizes, e, para falar a verdade, nem me importei com os sapatos molhados.
Você vai de van até o Rio Usumacinta e depois faz um passeio de barco de cerca de 1 hora até o sítio arqueológico de Yaxchilán.
Sim, café da manhã e almoço estão inclusos durante o passeio.
Sim, um guia local acompanha você em todo o trajeto por Yaxchilán e Bonampak.
Os murais de Bonampak são alguns dos mais bem preservados da arte mural maia que existem hoje.
Sim, bebês podem participar, mas precisam ficar no colo de um adulto; assentos especiais para bebês estão disponíveis se necessário.
Yaxchilán fica numa península cercada por uma curva do rio dentro da densa selva, acessível somente de barco.
Sim, você pode ter contato com lacandones em Bonampak, que compartilham detalhes sobre sua cultura e história.
O dia inclui transporte com ar-condicionado para buscar no hotel, entradas para as duas zonas arqueológicas, visitas guiadas com locais em cada lugar, além de café da manhã e almoço, com retorno confortável no fim da tarde.
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