Você vai cavalgar pelos cânions perto de San Miguel de Allende, atravessar rios (e talvez molhar as meias), parar para curtir vistas incríveis ou até fazer rapel nas falésias, e terminar com um almoço estilo rancho com novos amigos. Não é sobre ser perfeito no cavalo, mas sobre viver momentos reais — aqueles que ficam guardados para os dias tranquilos em casa.
“Você já montou antes?” Foi o que o Carlos me perguntou enquanto me entregava as rédeas ali perto de San Miguel de Allende. Confessei que não, a não ser por um passeio desajeitado num pônei quando eu tinha sete anos. Ele sorriu, me mostrou como sentar direito e, assim, partimos. Os cavalos pareciam conhecer o caminho melhor do que eu. O ar tinha um leve cheiro de fumaça de mesquite, e dava para ouvir um zumbido baixo de insetos na grama. Eu ficava olhando para minhas botas, com medo de elas escaparem dos estribos.
A primeira travessia do rio foi mais molhada do que elegante — meu cavalo foi devagar, mas eu acabei me molhando um pouco (deveria ter usado meias mais grossas). Seguimos pelo topo do cânion, cascos estalando no cascalho, enquanto o Carlos apontava para um gavião que voava acima da gente. Em certo momento, ele perguntou se alguém queria galopar; duas pessoas aceitaram, e as risadas delas ecoaram pelas falésias. Eu fiquei no trote — quem sabe na próxima. Fizemos uma pausa num ponto alto com vista para quilômetros de paisagem, toda em tons dourados e verdes. Alguns se aventuraram a fazer rapel numa parede de 45 metros — eu assisti com o coração na boca, mas torci por eles.
Depois da pausa, cavalgamos por planícies abertas, com gado que mal levantava a cabeça quando passávamos. O sol estava mais quente ali, e alguém brincou sobre filmes de faroeste (acho que até cantarolei uma musiquinha baixinho). A descida para o fundo do cânion foi esburacada, mas tranquila — só o som da água correndo lá embaixo e os pássaros pulando entre as pedras. A essa altura, já nem me preocupava mais com a postura ou com a poeira nas calças.
De volta ao rancho, as mulheres já tinham começado a preparar a comida — um cheiro picante e defumado vinha da janela da cozinha. Sentamos em volta de uma mesa grande numa das casitas, com pratos cheios: feijão, tortillas quentinhas, legumes grelhados direto da horta. Tinha o sabor de tudo que é bom em estar ao ar livre depois de um longo passeio. Alguém tentou agradecer aos anfitriões em espanhol; todo mundo riu junto quando ela trocou as palavras (acho que eu também teria feito isso). Sinceramente, até hoje lembro desse almoço quando bate aquela fome tarde da noite.
A excursão completa dura cerca de 5 horas, incluindo o transporte saindo de San Miguel de Allende.
Sim, antes do passeio há uma aula completa e instruções para quem nunca montou.
Sim, um almoço orgânico no estilo rancho é servido após o passeio, numa das casitas da fazenda.
Crianças a partir de 2 anos podem participar, desde que acompanhadas por um adulto.
Sim, o transporte de ida e volta de pontos combinados está incluído.
Não, não é necessário ter experiência; os guias dão toda a instrução antes de começar.
O passeio não é recomendado para quem tem problemas cardíacos ou certas lesões; o limite de peso é 113 kg (250 lbs).
Use calçados fechados e confortáveis (nada de sandálias), calça comprida, camisa de manga longa ou jaqueta leve e protetor solar; chapéus de cowboy estão disponíveis no rancho.
Seu dia inclui transporte de ida e volta de San Miguel de Allende, água mineral durante o passeio, instruções completas e aula de equitação antes de seguir pelas trilhas do cânion por 2,5 horas a cavalo — com pausas — e termina com um almoço orgânico estilo rancho preparado na hora em uma das casitas da fazenda, antes do retorno.
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