Aproveite a chance de atravessar o Saara marroquino de 4x4 privado, de Marrakech a Fez: suba os passos do Atlas, explore kasbahs, faça passeio de camelo nas dunas do Erg Chebbi ao pôr do sol, compartilhe chá com nômades perto de Merzouga e durma sob as estrelas do deserto — momentos que você vai guardar para sempre.
“Será que aquilo lá em cima é neve mesmo?” perguntei ao nosso motorista, Khalid, enquanto subíamos pelas montanhas do Atlas, logo na saída de Marrakech. Ele só sorriu e respondeu: “Espere até ver o deserto.” O ar foi ficando mais rarefeito e frio enquanto cruzávamos o passo Tizi n’ Tichka — eu não parava de abrir a janela para admirar as pequenas vilas agarradas às encostas. Quando paramos para um café, um cheiro de fumaça de lenha misturado com algo doce (seria chá de hortelã?) pairava no ar. Ao chegar em Aït Benhaddou, minhas pernas já estavam cansadas, mas a cabeça a mil — aquelas paredes de barro realmente brilham no pôr do sol, e acho que tirei umas cinquenta fotos antes do Khalid rir e avisar que era hora do almoço.
No dia seguinte, no Vale do Dades, acordei cedo porque um galo não parava de cantar. O café da manhã era pão ainda quentinho, mergulhado num mel tão floral que parecia perfume. Seguimos para as Gargantas do Todra — penhascos tão próximos que dava para tocar se você se inclinasse (mas não faça isso). Crianças acenavam dos oásis de palmeiras e velhinhos guiavam jumentos à beira do rio. O ponto alto foi chegar em Merzouga: de repente, areia por todos os lados, ouro sobre ouro, e camelos esperando como se já soubessem da nossa chegada o dia todo. Montar nos dromedários para entrar nas dunas do Erg Chebbi parecia coisa de filme — meu camelo bufava a cada passo e eu tentava disfarçar o nervosismo. O pôr do sol no topo da duna foi mais silencioso do que eu esperava; só o vento e risadas distantes do acampamento.
Não dormi muito naquela noite — parte nervoso, parte pelos tambores que ecoavam sob as estrelas depois do jantar (e talvez um pouco de chá de hortelã a mais). De manhã, nosso guia nos levou para conhecer uma família nômade perto da vila de Khamlia. A tenda tinha cheiro de terra e lã; eles nos ofereceram pão achatado direto da chapa sobre as brasas. Tentamos conversar, mas no fim só sorríamos — às vezes isso basta. Depois, ouvimos músicos Gnawa tocando ritmos que faziam meu peito vibrar; Li riu quando tentei bater palmas no ritmo.
O último trecho até Fez foi longo, mas tranquilo — as palmeiras do Vale do Ziz passando rápido, depois as florestas de cedro onde macacos cruzavam a estrada (um deles até roubou a maçã da mão de alguém). Paramos para um café em Ifrane, onde tudo parecia uma cidade europeia. Quando finalmente chegamos em Fez, cansados e com poeira, percebi que ainda tinha areia nos sapatos de Merzouga. Acho que nunca vou tirar tudo — e, sinceramente, tudo bem assim.
O tour dura quatro dias e três noites, com paradas para pernoite durante o trajeto entre Marrakech e Fez.
Sim, o tour inclui um passeio de camelo pelas dunas do Erg Chebbi e uma noite em acampamento no deserto.
O café da manhã está incluso todos os dias; a maioria dos almoços e jantares é feita em paradas locais ou acampamentos — opções vegetarianas podem ser organizadas com aviso prévio.
Sim, você visitará famílias nômades perto da vila de Khamlia e tomará chá com eles como parte da experiência.
Sim, o transfer do hotel em Marrakech está incluído no início da viagem.
O passeio inclui transporte privado em 4x4 com transfer do hotel em Marrakech, visitas guiadas a kasbahs como Aït Benhaddou e Amridil, passeio de camelo nas dunas do Erg Chebbi com pernoite em acampamento de luxo no deserto (jantar incluído), café da manhã diário, encontros com nômades locais perto de Merzouga para chá, além de guarda-volumes seguro para suas malas principais enquanto estiver no passeio de camelo, finalizando em Fez.
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