Você vai ver flamingos no rio Souss, acompanhar a cerâmica ganhar vida numa vila berbere, sentir a areia entre os dedos no Mini Sahara perto de Tifnit e almoçar numa casa local. Prepare-se para risadas com chá de hortelã e momentos sinceros que ficam muito depois de tirar a última areia.
Já estávamos sacolejando pela estrada de terra fora de Agadir quando nosso guia, Youssef, de repente reduziu a velocidade e apontou para um ponto rosa ao longe. “Flamingos”, ele sorriu, e eu espreitei até conseguir focar — eles estavam ali, tranquilos, à beira do rio Souss como se fossem donos do lugar. O ar estava fresco, mas seco, e dava para sentir o cheiro de sal vindo de algum canto. Tentei tirar uma foto, mas acabei pegando meu próprio dedo (clássico). Tinha uma mistura estranha de canto de pássaros com buzinas distantes — Agadir não estava longe, mas ali parecia outro mundo.
A parada na oficina de cerâmica em uma daquelas vilas pequenas — acho que era Rasmouka — foi diferente do que eu esperava. O lugar cheirava a terra molhada, e o senhor que moldava o barro mal levantou o olhar quando entramos. As mãos dele se mexiam tão rápido que eu mal conseguia acompanhar. Youssef traduziu um pouco para a gente; pelo que entendi, cada família tem seus próprios desenhos. Tentei agradecer em berbere (sem ideia se acertei), e todo mundo riu. Saímos com poeira vermelha nos sapatos e, de algum jeito, parecia certo não comprar nada — só observar já bastava.
A verdadeira surpresa? Aquele primeiro vislumbre do Mini Sahara perto de Tifnit — dunas onduladas que despencam direto pro Atlântico. Tinha a opção de sandboard se não estivéssemos atrasados (estávamos), mas, pra ser sincero, só correr subindo e descendo aquelas dunas com o vento batendo na minha echarpe já foi uma aventura e tanto. O almoço foi numa casa berbere: tajine borbulhando na brasa, chá de hortelã servido até espumar, cuscuz com um toque leve de cominho. A menininha da família espiava a gente pelos cantos; o risinho dela fez todo mundo sorrir.
Até hoje lembro daquela estrada, o Chemin de Rallye 2014 — o mar de um lado, terra vazia do outro — e do silêncio que tomou conta perto da barragem Youssef Ben Tachfin. Na volta, paramos numa cooperativa de óleo de argan onde as mulheres quebravam as nozes na mão e nos deixaram provar mel de cacto (doce, mas com um toque ácido). Aí já tinha perdido a noção do tempo; tudo virou uma memória longa e ensolarada. Se você procura algo certinho ou previsível, esse passeio não é para você — mas talvez seja por isso que fica na memória.
Sim, o traslado do hotel está incluído neste passeio de um dia saindo de Agadir.
Um almoço tradicional marroquino (tajine e cuscuz) é servido numa casa berbere local, acompanhado de chá de hortelã.
O sandboard pode ser possível nas dunas do Mini Sahara, dependendo do tempo, mas não é garantido todos os dias.
Sim, bebês podem ir no colo ou no carrinho, e crianças são bem-vindas neste passeio de um dia em Agadir.
Sim, você vai conhecer vilarejos berberes tradicionais como Rasmouka durante o passeio.
O passeio é acessível para cadeirantes e o transporte acomoda cadeiras de rodas e carrinhos de bebê.
É possível avistar flamingos no rio Souss e várias espécies de aves ao longo do rio Massa durante o trajeto.
O motorista/guia fala inglês e francês durante todo o passeio.
Seu dia inclui transporte 4x4 com ar-condicionado e guia que fala inglês ou francês saindo de Agadir, todas as paradas programadas como observação de flamingos no rio Souss e oficinas de cerâmica na vila de Rasmouka, tempo para explorar as dunas do Mini Sahara perto de Tifnit (às vezes com sandboard), visitas à praia de Sidi Rbat e à barragem Youssef Ben Tachfin, além de um almoço tradicional marroquino com chá de hortelã numa casa berbere local antes do retorno à cidade.
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