Você vai sentir Kyoto se transformar à noite — caminhando por vielas antigas em Gion com guia local, provando pratos típicos em bares escondidos, tomando sake ou shochu e ouvindo histórias reais sobre a cultura geiko. Grupo pequeno para você perguntar tudo ou só curtir o clima da cidade.
Confesso que estava meio apreensivo para explorar Kyoto à noite — você ouve falar que Gion é misteriosa e meio exclusiva. Mas assim que encontramos nossa guia na saída da estação Gion Shijo, parecia que estávamos com uma amiga que realmente sabe qual viela iluminada por lanternas devemos entrar. Tinha um leve cheiro de incenso misturado com o ar fresco, e a cidade parecia mais calma, como se todo mundo falasse baixinho. Nosso grupo era pequeno — só seis pessoas — então não dava pra se esconder se fosse tímido (como eu). Mas isso ajudou a fazer perguntas sem vergonha. A Yuki, nossa guia, explicou por que em Kyoto dizem “geiko” em vez de “geisha”, e eu tentei repetir. Ela riu de leve — pelo jeito meu sotaque precisa melhorar.
Andamos pelas ruas estreitas de Gion enquanto a Yuki mostrava detalhes: como algumas portas tinham ramos de pinheiro para dar sorte, ou que às vezes dá pra reconhecer uma geiko pelo passo ligeiro (não vi nenhuma, mas alguém jurou que viu). Depois atravessamos o rio Kamogawa — a água parecia mais barulhenta à noite do que de dia — e entramos num bar de pé que por fora não parecia nada demais. Lá dentro estava quentinho e com cheiro de pele de frango grelhada (yakitori), e eu acabei pedindo shochu achando que era sake. Não me arrependi. A comida veio em porções pequenas: um prato de conserva que fez minha boca fazer careta, carne macia para quem quisesse se dar ao luxo (alguém quis), e uns petiscos fritos que até hoje sonho com eles.
A viela Pontocho é ainda mais estreita do que eu imaginava — dá pra quase tocar os dois lados esticando os braços. É engraçado como duas ruas dali tudo é neon e barulho, mas aqui só tem sombras e risadas escapando por trás das portas de correr. Paramos de novo pra comer (perdi a conta), tomar outra bebida e ouvir histórias de como a vida noturna mudou desde que a Yuki era criança. Ela acenou pra alguém que conhecia no balcão; a pessoa respondeu com aquele sorriso educado típico de Kyoto. Nessa hora meus pés já estavam cansados, mas minha cabeça cheia de boas sensações.
O que mais me surpreendeu nesse tour gastronômico noturno em Kyoto não foram só os sabores ou aprender sobre a cultura das geiko — foi sentir o quanto me senti seguro e bem-vindo explorando lugares que jamais teria achado sozinho. Até hoje, quando ouço o som das sandálias de madeira batendo no chão em algum filme, bate uma nostalgia gostosa daquela noite.
O tour começa às 18h30 e termina por volta das 21h30 — cerca de três horas no total.
Sim, o jantar está incluído, junto com duas bebidas alcoólicas ou não durante a noite.
O ponto de encontro é na estação Gion Shijo, do lado leste do rio Kamogawa, em Kyoto.
Sim, vegetarianos são bem-vindos — basta avisar sobre restrições alimentares na hora da reserva.
O roteiro passa pelo distrito de Gion, viela Pontocho, área de Kiyamachi, rua Kawaramachi e atravessa o rio Kamogawa.
A idade mínima é 13 anos; a idade legal para beber no Japão é 20 anos.
Gorjetas não são comuns no Japão, mas se quiser mostrar agradecimento, seu guia vai ficar feliz!
Sua noite inclui todos os pratos do jantar em dois restaurantes ou bares de pé (às vezes com assento), duas bebidas — alcoólicas ou não — e muitas histórias do seu guia local que fala inglês enquanto você caminha por Gion, viela Pontocho e atravessa o rio Kamogawa, terminando por volta das 21h30.
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