Você vai embarcar em um barco pequeno na baía de Dingle para quatro horas de observação de baleias e golfinhos ao redor das Ilhas Blasket, com um guia local contando histórias pelo Wild Atlantic Way. Prepare-se para encontros próximos com golfinhos, papagaios-do-mar por perto, o ar salgado no rosto e muitas chances de conversar ou simplesmente admirar o oceano infinito.
Tudo começou com o Tomás sorrindo para a gente do píer em Dingle, perguntando se tínhamos lembrado dos chapéus — “Vocês vão precisar, confiem em mim!” ele avisou, e, sinceramente, eu devia ter escutado. O vento tinha aquele toque salgado que só se sente na costa oeste da Irlanda. Subimos a bordo do Blasket Princess, ainda ajeitando meu cachecol quando uma mulher ao meu lado ofereceu suas luvas extras (não peguei o nome dela, mas tinha a risada mais gostosa). Nossa guia de vida selvagem, Áine, fez um rápido resumo do que poderíamos ver — golfinhos com certeza, talvez baleias se tivéssemos sorte — e então partimos, passando pela vila de Ventry rumo ao mar aberto.
O que mais me chamou atenção foi o silêncio que tomou conta assim que deixamos o porto para trás. Só o ronco do motor e os pássaros marinhos voando por cima. Alguém apontou — “Ali!” — e de repente tinham golfinhos bem na proa, deslizando pelas ondas cinzas como se fosse a coisa mais natural do mundo. Áine explicou que são golfinhos-nariz-de-garrafa comuns que ficam na baía de Dingle o ano todo. Tentei tirar uma foto, mas acabei só admirando; as costas deles brilhavam toda vez que apareciam na superfície. Mais longe, perto das Ilhas Blasket, papagaios-do-mar balançavam na água como pequenos palhaços (eu só tinha visto eles em livros antes), e focas nos observavam das pedras com aqueles olhos grandes e escuros. Nenhuma baleia hoje — dizem que aparecem mais no fim do verão — mas, para ser sincero, nem me importei.
Passei uns trinta minutos na ponte superior, onde a vista é infinita, se você não se importar com o cabelo voando para todo lado. O Atlântico parecia não ter fim dali de cima; dava para sentir o gosto do sal toda vez que eu molhava os lábios. Tomás contou histórias sobre tempestades que atingiram essa costa (“Você não vai acreditar no que rolou em outubro passado...”) enquanto Áine mostrava onde monges viveram nessas ilhas peladas. Tinha café quentinho para quem precisava esquentar os dedos (eu), e o pessoal ia e vinha entre o convés e a cabine à vontade. O clima era tranquilo — ninguém com pressa ou mandando silêncio.
Quando voltamos ao píer, percebi que minhas bochechas doíam de tanto sorrir para estranhos e para as criaturas do mar. Tem algo em estar ali que faz você se sentir pequeno, mas de um jeito bom — até hoje lembro daqueles golfinhos cortando a água fria como velhos amigos mostrando o próprio lar.
O passeio dura cerca de 4 horas.
Não, este passeio não é recomendado para crianças menores de 10 anos.
Sim, há estacionamento gratuito no píer e na vila de Ventry.
Você pode avistar golfinhos, baleias (na temporada), focas, tubarões-boca-larga (na temporada), papagaios-do-mar e outras aves marinhas.
Sim, há assentos internos para 20 passageiros, além de espaço no convés ao ar livre.
Sim, um capitão experiente e um guia de vida selvagem acompanham todo o trajeto.
Vista roupas quentes, com jaqueta corta-vento e um bom chapéu; pode fazer frio e ventar bastante no mar.
Sim, animais de serviço são permitidos neste passeio.
Seu dia inclui quatro horas a bordo de um barco confortável com opções de assentos internos e externos (além de acesso à ponte superior para melhor observação da vida selvagem), acompanhamento de um capitão experiente e especialista em animais que vai compartilhar histórias durante o trajeto, além de estacionamento gratuito perto do píer ou na vila de Ventry — para você não se preocupar com nada antes de zarpar.
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