Você vai navegar pelos rios de Borneo em um kelotok com um grupo pequeno, ver orangotangos selvagens em Tanjung Harapan e Camp Leakey, e dormir embalado pelos sons da floresta. Guias locais contam histórias enquanto você observa macacos e crocodilos nas margens. Se busca momentos reais — com botas enlameadas incluídas — essa é uma viagem que fica na memória muito tempo depois.
A primeira coisa que percebi não foram os orangotangos — foi a sensação do barco kelotok sob meus pés, todo rangido da madeira e o suave bater da água nas laterais. Mal havíamos saído de Kumai quando nosso guia, Riko, apontou para um pescador acenando de sua pequena canoa. O ar tinha um leve cheiro de fumaça, talvez da fogueira do café da manhã de alguém que se espalhava pelas margens do rio. Tentei tirar uma foto, mas, sinceramente, não fez justiça àquela névoa da manhã cedo.
Mais tarde, à tarde, na estação de alimentação de Tanjung Harapan, vimos uma mãe orangotango descendo para pegar frutas — seu filhote agarrado como uma pequena mochila laranja. Havia outros rostos também: macacos narigudos (esses narizes são ainda maiores ao vivo), langures prateados com seus filhotes dourados, e um macaco-prego tímido espiando atrás de um galho. Riko nos contou sobre os primeiros anos da Dra. Birute Galdikas aqui — disse que o livro dela o inspirou a virar guia. Dá pra entender; esse lugar entra na pele da gente.
Dormir no kelotok foi... diferente. As redes de proteção contra mosquitos me fizeram sentir em um filme antigo de exploradores (só que com petiscos melhores). À noite, dava para ouvir os insetos zumbindo e, às vezes, algo mais pesado mexendo nas árvores — fingi não me preocupar com o que era. No dia seguinte, no Camp Leakey, caminhamos pela floresta de turfa que fazia barulho de lama sob os pés e vimos um orangotango macho mais velho nos observando com um olhar lento e pensativo. É difícil explicar o silêncio que reina ali, só quebrado pelos pássaros ou pelo ocasional splash quando um crocodilo escorrega na água (não se incline demais para fora do barco).
Na nossa última manhã, voltando devagar para Kumai com um café na mão, alguém avistou outro orangotango bem lá no alto — só comendo folhas como se a gente nem estivesse ali. Foi uma sensação estranhamente reconfortante. Ainda lembro dessa cena quando a vida na cidade fica barulhenta de novo.
O grupo é pequeno, com no máximo 12 viajantes por barco.
Sim, todas as refeições (café da manhã, almoço, jantar), lanches, água engarrafada, refrigerante, chá e café estão inclusos.
Você pode ver macacos narigudos, langures prateados (com filhotes dourados), macacos-prego, crocodilos, aves, répteis e insetos.
O passeio começa em Pangkalan Bun/Kumai e termina em Pangkalan Bun após navegar pelo rio Sekonyer.
Você dorme a bordo do kelotok, com camas e redes de proteção contra mosquitos.
Sim, há uma caminhada opcional à noite para observar animais noturnos antes do jantar no primeiro dia.
Sim — crianças podem participar acompanhadas por adultos; bebês podem ir em carrinhos ou cadeirinhas.
Sim — opções vegetarianas estão disponíveis se solicitadas no momento da reserva.
Seu roteiro inclui traslado de Pangkalan Bun ou Kumai, todo transporte no tradicional barco kelotok (com camas e redes de proteção contra mosquitos), guia local falando inglês durante toda a viagem, todas as taxas de entrada nas estações de alimentação como Camp Leakey e Tanjung Harapan, além de todas as refeições — cafés da manhã, almoços e jantares — e bastante café ou chá enquanto você desliza pela paisagem da floresta todos os dias.
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