Você vai sentir o lado selvagem de Ketchikan de perto: veja salmões lutando na escada, aviste águias e focas nas praias de areia preta, ouça histórias de quem vive cada estação aqui. Com pickup no Dock 2 e binóculos para observar a vida selvagem, cada parada é uma experiência única.
O que mais me marcou foi o cheiro do mar no Dock 2, bem perto daquela estátua que chamam de “a Rocha”. Nosso guia — nascido aqui, conhecia todo mundo — acenou pra gente com uma confiança tranquila que não se finge. A van tinha um cheiro leve de capa de chuva e café. Passamos por casas coloridas agarradas nas colinas, as janelas embaçadas pelo nosso calor e a garoa lá fora. Eu ficava olhando pra cima, tentando ver águias; o guia só sorria e dizia pra ter paciência.
Depois paramos na escada do salmão. Já tinha visto vídeos, mas estar ali, ouvir o barulho das caudas e ver aqueles peixes se jogando rio acima é uma emoção diferente. Tinha um casal mais velho de Juneau que começou a torcer por um salmão teimoso; até o guia entrou na torcida. Se vier na época da desova (por volta de julho), vai entender esse misto de esperança e luta em cada salto. Meus sapatos ficaram enlameados, mas nem liguei.
Depois fomos para uma praia de areia preta, que me surpreendeu — achava que só tinha isso no Havaí. A areia era fria e áspera ao toque; achei um pedaço de madeira que parecia a mandíbula de uma baleia. Ficamos procurando conchas até alguém avistar uma foca flutuando perto da costa. O guia distribuiu binóculos (detalhe que faz diferença) pra gente tentar ver ursos ou cervos na linha das árvores. Ursos não apareceram, mas uma águia passou tão perto que levantou as gaivotas.
A última parada foi numa cachoeira a uns 16 km ao sul — não é enorme, mas o barulho dela abafava tudo por um instante. O spray refrescou depois de tanto tempo na van. Alguém perguntou se congela no inverno e o guia riu, disse que às vezes dá pra andar atrás da queda d’água se for corajoso (eu não fui). No caminho de volta, ele contou sobre trocar lembrancinhas com visitantes — se você traz algo do seu lugar, ganha algo daqui em troca. Queria ter sabido disso antes; da próxima vez vou levar algo bem diferente da minha cidade.
O encontro é no Dock 2, perto da estátua chamada “a Rocha” em Ketchikan.
Não, avistar animais como ursos ou focas não é garantido, mas pode acontecer.
Sim, há uma parada numa cachoeira a cerca de 16 km ao sul da cidade.
Não, este passeio não é recomendado para quem usa cadeira de rodas ou muletas.
Sim, binóculos estão incluídos para facilitar a observação da vida selvagem.
É bom usar sapatos resistentes, pois o terreno pode estar molhado ou enlameado dependendo da maré.
Sim, o pickup é feito no Dock 2, onde chegam os passageiros de cruzeiros.
O salmão costuma desovar a partir de julho todos os anos.
Seu dia inclui pickup no Dock 2 perto da “Rocha”, transporte em veículo limpo com aquecimento ou ar-condicionado conforme o clima (confie, ambos são úteis), guarda-chuvas caso chova (e provavelmente vai chover), além de binóculos para os momentos em que alguém gritar “águia!” ou “urso!” pela janela.
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