Você começa com transporte do hotel em Cuenca para Cajas, onde faz uma trilha guiada por lagos glaciares e florestas antigas de Polylepis. Prepare-se para o ar puro e frio no mirante 3 Cruces, encontros próximos com lhamas (se tiver sorte) e um almoço típico equatoriano que aquece por dentro. Um dia que fica na memória muito depois de voltar à cidade.
Vou ser sincero — quase desisti quando vi as nuvens baixas cobrindo Cuenca pela manhã. Mas nosso guia, Daniel, só sorriu e falou: “Isso é normal. Espere até chegarmos em Cajas.” Então partimos, saindo da cidade numa van que tinha um leve cheiro de eucalipto (ou talvez fosse minha jaqueta do passeio de ontem). A viagem durou cerca de uma hora, mas parecia uma subida lenta para outro mundo — tudo lá fora ficando coberto de musgo e selvagem. Daniel não parava de apontar detalhes: cruzes de pedra antigas à beira da estrada, manchas de flores amarelas que eu nunca tinha reparado. Quando finalmente paramos no mirante 3 Cruces, o ar me atingiu — frio, cortante, quase doce. Ele explicou como essa serra divide as águas para os dois oceanos. Tentei imaginar, mas, pra ser honesto, minha cabeça só pedia um café.
O verdadeiro coração desse passeio pelo Parque Nacional Cajas começou a pé perto do Lago Toreadora. Tem algo estranhamente calmo em caminhar pelo páramo — aquelas plantas macias sob os pés e as árvores Polylepis retorcidas, como se escondessem segredos. Andamos devagar (a altitude não é brincadeira), parando sempre que o Daniel avistava um pássaro ou uma orquídea minúscula entre a grama. Em um momento, ele se agachou para mostrar uma planta medicinal que os locais usam para dor de cabeça na altitude — tentei decorar o nome, mas já esqueci (desculpa, Daniel). Alguém do grupo se surpreendeu quando umas lhamas passaram por perto; a lã delas parecia molhada da chuva da noite anterior.
O almoço foi num lugar simples logo fora do parque — nada sofisticado, mas perfeito depois de caminhar no ar gelado. Primeiro uma sopa (acho que era de quinoa?), depois truta com arroz e abacate para mim, opção vegetariana para outra pessoa. A sopa tinha um sabor terroso e quente que fez meus dedos voltarem à vida. Depois seguimos para o vale Llaviuco, onde tudo parecia mais suave — mais verde que dourado, pássaros cantando rápido entre as árvores. Daniel falou sobre como o rio Tomebamba nasce ali; eu só pensava em como a água lá em cima é diferente da da cidade.
Na volta para Cuenca, vi a névoa escorrer entre as colinas e tentei não cochilar. Minhas botas estavam enlameadas e minha cabeça cheia de nomes de plantas que provavelmente nunca vou pronunciar direito. Se você quer um passeio de um dia saindo de Cuenca que te faça sentir pequeno (no melhor sentido), esse é o passeio.
Cajas fica a cerca de 30 km a oeste de Cuenca; a viagem leva cerca de uma hora em cada direção.
Sim, o transporte do hotel ou apartamento em Cuenca está incluso na reserva.
A trilha principal acontece por volta de 3.960 metros acima do nível do mar; o mirante 3 Cruces fica ainda mais alto.
O almoço está incluído, a menos que você opte por não incluir na reserva; espere pratos equatorianos como sopa e truta, além de opções vegetarianas.
O passeio dura cerca de sete horas, incluindo o tempo de transporte.
É possível ver lhamas ou alpacas durante a caminhada — não é garantido, mas avistamentos são comuns.
Use roupas quentes em camadas, capa de chuva, tênis ou botas de trilha, protetor solar e leve um boné ou gorro — o clima muda rápido.
É recomendado ter condicionamento moderado; a altitude pode ser desafiadora, então vá devagar e siga as orientações do guia.
O dia inclui transporte de ida e volta do hotel em Cuenca, todas as taxas de entrada no Parque Nacional Cajas, trilhas guiadas por áreas como o Lago Toreadora e o vale Llaviuco, além de um almoço tradicional equatoriano com opções vegetarianas, retornando no fim da tarde em veículo privado.
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