Você sai antes do amanhecer de Punta Arenas para um dia inteiro explorando o Estreito de Magalhães de barco com um guia local. Prepare-se para ver de perto baleias, golfinhos, leões-marinhos e pinguins-de-magalhães perto da Ilha Magdalena, além de vislumbres de geleiras e do Cabo Froward. Com café da manhã, almoço e lanches incluídos, é uma aventura que vai ficar na memória muito depois de voltar para casa.
“Você tem certeza que quer levantar às 3h30?” meu parceiro sussurrou no escuro, mas, na real, eu já estava acordado — nervoso ou animado, vai saber. Encontramos o grupo do lado de fora de um prédio pequeno na rua Jose Nogueira, em Punta Arenas, enquanto a cidade ainda dormia. A viagem de ônibus para o sul parecia um sonho; eu caía no sono e acordava vendo o céu clareando sobre campos vazios. Quando chegamos para embarcar, estava tão frio que minha respiração parecia fumaça. Nosso guia, Diego, distribuiu café e fez uma piada sobre o “clima de pinguim” — e não estava errado.
A travessia pelo Estreito de Magalhães é difícil de explicar. Não é só água e vento; é aquela sensação de estar no fim do mundo. Passamos pelo Fuerte Bulnes com o sol nascendo — luz dourada iluminando pedras antigas — e Diego apontou o Cabo Froward, que chamou de “a última ponta do continente”. Teve momentos em que todo mundo ficou em silêncio, só ouvindo as ondas batendo no casco. Aí alguém gritava “baleia!” e todo mundo corria para um lado do barco. Vimos jubartes enormes, golfinhos que pareciam estar se exibindo, e depois leões-marinhos gorduchos descansando nas pedras como se fossem donos do pedaço.
Não esperava me emocionar tanto com aves, mas ver albatrozes planando no céu me tocou de um jeito estranho — talvez porque eles pareciam tão tranquilos enquanto eu tremia com três camadas de roupa. O almoço foi simples, mas delicioso (sopa quente nunca caiu tão bem), e teve um momento em que o Diego tentou ensinar a gente a falar “pinguim-de-magalhães” em espanhol — eu atrapalhei todo e ele riu. O ar tinha cheiro de sal e frescor; de vez em quando dava para sentir um pouco de diesel do barco misturado com um aroma quase doce das algas. Paramos perto da Ilha Magdalena e vimos pinguins andando desajeitados, parecendo trabalhadores atrasados para o expediente.
Na volta, sentei do lado de fora mesmo com as mãos congelando, só para ver a Patagônia deslizando sob nuvens baixas. Não é um passeio confortável — horas longas, vento gelado, começo bem cedo — mas, sinceramente? Sempre que preciso lembrar o que é selvagem de verdade, penso naquele nascer do sol em Tierra del Fuego.
O encontro é às 4h na Jose Nogueira, nº 1255, em Punta Arenas.
A navegação dura cerca de 10 horas, além do tempo de traslado.
Sim, café da manhã, almoço e lanches estão incluídos durante o tour.
Sim, há boas chances de avistar pinguins-de-magalhães perto da Ilha Magdalena durante o cruzeiro.
Não há busca no hotel; o ponto de encontro é central em Punta Arenas.
Você pode ver baleias-jubarte, golfinhos (incluindo Commerson), leões-marinhos, albatrozes e outros.
Sim, todos os participantes precisam apresentar passaporte válido para o passeio.
O seu dia começa com o encontro em ponto central de Punta Arenas antes de seguir de ônibus para o sul, onde embarca no catamarã. O café da manhã é servido a bordo, junto com café ou chá, enquanto navega pelo Estreito de Magalhães com seu guia local. Almoço e lanches são oferecidos durante a busca por baleias, golfinhos e pinguins, antes do retorno à cidade no fim da tarde.
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