Você vai de ferry de Praia até a Ilha do Maio com um guia local, passear por salinas e vilarejos coloniais, andar descalço nas dunas de areia trazida do Saara, visitar a Fortaleza de São José e terminar com um banho na praia de Bitchirotcha antes de voltar. Prepare-se para o ritmo real de Cabo Verde — momentos calmos, sorrisos calorosos e histórias que ficam mesmo depois de tirar a areia.
Já estávamos no ferry saindo de Praia quando percebi o quanto a cidade ficava para trás — só água azul e o murmúrio das pessoas conversando em crioulo. O ar tinha gosto de sal e um leve cheiro de diesel misturado com uns pães de café da manhã que alguém trouxe. Chegar no Maio foi como entrar em um mundo mais devagar. Nosso guia, Rui, acenou para a gente na rampa e apontou para as antigas salinas brilhando ao sol — ele contou que os moradores ainda colhem o sal à mão, algo que eu nem imaginava ver.
A primeira parada foi no Eco-Museu (leve €2 em dinheiro), onde aprendemos como o carvão e o sal moldaram a história da ilha. Tentei falar “Porto Inglês” do jeito certo — o Rui sorriu, mas não corrigiu. Passamos por mulheres carregando baldes na cabeça perto das salinas. O calor apertava, mas sempre vinha uma brisa do mar, trazendo aquele cheiro mineral forte. No vilarejo de Morro, as casas com telhado de pirâmide pareciam brinquedos sob aquele céu enorme.
Depois fomos ao centro de artesanato em Calheta; comprei uma pulseira de tecido (acho que paguei caro, mas valeu). As dunas de areia branca em Morrinho eram surreais — macias como farinha sob os pés — e o Rui disse que parte daquela areia vem do Saara. O almoço em Pedro Vaz foi um simples cozido de peixe com arroz; nada sofisticado, mas tinha gosto de comida feita em casa. Depois seguimos para Vila do Maio visitar a Fortaleza de São José — em cima daquelas muralhas antigas, imaginando piratas no mar, senti um arrepio estranho, mesmo com o sol forte do meio-dia.
O final? Um mergulho na praia de Bitchirotcha — silenciosa, só com risadas de crianças ao longe. Até hoje lembro como a água parecia cristalina contra aquela areia clara. O ferry de volta para Santiago foi mais tranquilo; acho que todo mundo estava pensando na parte do passeio que mais gostou. Então, se você quer um passeio de um dia saindo de Praia que vai além do óbvio — esse fica na memória.
O ferry leva cerca de duas horas em cada trecho entre Praia e a Ilha do Maio.
Sim, está incluso o transporte de ida e volta do seu hotel em Praia.
Não, o almoço não está incluso; você paga a sua refeição na parada para almoço.
A entrada do Eco-Museu (€2 por pessoa) não está incluída; leve dinheiro para isso.
Leve seu passaporte, sandálias ou chinelos, toalha, chapéu, roupa de banho, protetor solar e dinheiro para refeições e entradas.
Sim, o passeio é para todos os níveis, mas não é recomendado para quem tem problemas cardíacos.
Sim, o transporte pela ilha faz parte do pacote do passeio.
Não, os bilhetes do ferry ou voo não estão incluídos; você deve comprar separadamente antes do passeio.
Seu dia inclui busca e retorno ao hotel em Praia (sem correria cedo), transferências de porto ida e volta nas duas ilhas para você não se perder entre os pontos, transporte confortável pela Ilha do Maio com um guia que conhece todo mundo pelo nome (ou pelo menos parece), além de seguro de responsabilidade durante todo o passeio — cobre tudo, menos suas refeições e entrada no museu.
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