Você vai seguir pegadas antigas entre as gravuras de Gobustan, pisar nos vulcões de lama que parecem de outro planeta, tomar chá com almoço típico em Baku e ficar perto das chamas sagradas do Templo do Fogo Ateshgah e da montanha Yanardag. Esse passeio de um dia de Baku conecta paisagens selvagens a lendas vivas — e deixa mais perguntas do que respostas.
Saímos de Baku logo após o café da manhã, com as janelas abertas para sentir a brisa fresca do Mar Cáspio. Nosso guia, Farid, tinha um jeito de apontar detalhes que a gente nem percebe — como as plataformas de petróleo piscando no horizonte ou a luz refletindo nas salinas. A viagem até Gobustan leva cerca de uma hora, mas nem parece; já dá pra ver umas montanhas estranhas ao longe. Eram os vulcões de lama. Quando chegamos perto, senti um cheiro de terra misturado com algo quase metálico. O chão fazia barulho de lama sob meus sapatos (não vá de tênis novo). Farid sorriu quando alguém perguntou se era seguro — “Só os djinn ficam presos,” brincou. Até hoje não sei se ele estava falando sério.
Dentro do museu de Gobustan, o silêncio é quase reverente — como se todo mundo tentasse ouvir o passado. As petrografias lá fora são mais antigas que muitos países; você passa a mão nelas (com cuidado) e é difícil não imaginar aquelas mãos antigas desenhando cabras selvagens e dançarinos. O vento do Cáspio é gelado aqui, mesmo com o sol alto, e dá pra ouvir o assobio entre as pedras enquanto Farid conta como as pessoas viviam aqui antes mesmo das cidades existirem. Fiquei parado olhando uma das gravuras por um bom tempo — pensando no que realmente permanece.
O almoço em Baku foi um banquete de três pratos com nomes que eu nem conseguia pronunciar, mas adorei (o chá no final é obrigatório). Depois seguimos para a Península de Absheron. O Templo do Fogo em Surakhany parece coisa de outro mundo — chamas saindo das pedras, incenso ainda no ar de algum grupo que passou antes. Nosso guia contou histórias de mercadores que paravam aqui nas rotas da Rota da Seda; alguns ficavam semanas só para ver o fogo dançar à noite. Ao lado, tem um caravanserai que cheira a poeira e madeira antiga. Yanardag — a Montanha em Chamas — foi nossa última parada: uma encosta onde o fogo sai direto da terra. É menor do que eu imaginava, mas muito mais intenso; dá pra sentir o calor no rosto mesmo a alguns metros de distância.
Não esperava sentir tanta coisa no fim desse passeio de um dia saindo de Baku — só os pés cansados e a cabeça cheia de histórias. Mas tem algo em ver todas essas camadas juntas: gravuras pré-históricas, guindastes soviéticos, chamas zoroastrianas que queimam há séculos. No caminho de volta, alguém perguntou se a gente mudava alguma coisa estando ali. Farid só sorriu e disse, “Agora vocês também carregam isso.” Fico pensando nisso até hoje.
O passeio dura cerca de 9 horas, começando pela manhã e retornando a Baku à noite.
Sim, um almoço nacional de três pratos com chá está incluído em um restaurante no centro de Baku.
Você visita os vulcões de lama de Gobustan, as petrografias de Gobustan, a Mesquita Bibi-Heybat, o Templo do Fogo Ateshgah e Yanardag (Montanha em Chamas).
Sim, todas as taxas de entrada e uso das instalações estão inclusas na sua reserva.
O passeio inclui opções de busca; transporte público também fica próximo caso precise.
O guia profissional fala inglês e russo durante todo o passeio.
O tour é indicado para todos os níveis de preparo físico; bebês devem ficar no colo de um adulto durante o transporte.
Use roupas e calçados confortáveis que possam sujar — o chão perto dos vulcões pode estar molhado ou escorregadio.
Seu dia inclui transporte com ar-condicionado e opções de busca em pontos centrais de Baku, todas as taxas de entrada para lugares como as petrografias de Gobustan e o Templo do Fogo Ateshgah, narração guiada em inglês ou russo em cada parada, além de um almoço farto de três pratos da culinária do Azerbaijão com chá tradicional antes de voltar para a cidade ao anoitecer em Absheron.
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