Você vai sentir o ar fresco do deserto ao amanhecer em Kata Tjuta, assistir às cores mudando nas antigas cúpulas de pedra, compartilhar um café da manhã no outback com pessoas novas e caminhar em silêncio pela Walpa Gorge enquanto o guia conta histórias sobre o lugar. Tem tempo para ouvir — o vento, os pássaros ou seus próprios pensamentos — e isso faz toda a diferença.
Mal havíamos espregado o sono dos olhos quando a van parou em frente ao nosso hotel em Yulara. Ainda estava escuro — daquele escuro de verdade, não só “cedo” — e o ar estava mais fresco do que eu imaginava para o centro da Austrália. Nosso guia, Mark, distribuiu café (salvação) enquanto seguíamos o último trecho até Kata Tjuta. Tem um momento em que você fica ali, tremendo um pouco, segurando a xícara, e de repente as cúpulas de pedra começam a brilhar — primeiro num roxo suave, depois num vermelho ferrugem intenso. Nem tentei tirar fotos; parecia daquelas cenas que a gente só observa em silêncio. Alguém perto cochichou algo sobre “36 cúpulas”, mas eu estava hipnotizado olhando.
Depois do nascer do sol, fomos até uma mesinha simples preparada para o café da manhã. Nada sofisticado — só chá forte, pão com um leve sabor defumado do ar do deserto, frutas e uns muffins estranhos, mas gostosos. O sol já estava alto e dava para ouvir os pássaros começando a cantar lá atrás. Mark contou histórias sobre o significado de Kata Tjuta, que quer dizer “muitas cabeças” na língua Pitjantjatjara. Ele apontou algumas plantas usadas pelos Anangu como remédios — tentei lembrar os nomes, mas embaralhei tudo (desculpa, Mark). Alguém brincou sobre como as moscas acordam rápido assim que o café é servido.
Arrumamos as coisas e seguimos para a Walpa Gorge. O caminho é pedregoso — meus tênis ficaram cobertos daquela poeira vermelha fina que gruda em tudo por aqui — e as paredes de pedra sobem tão abruptas dos dois lados que parece entrar em outro mundo. Em certo ponto, Mark parou só para a gente escutar: tem um vento (ele disse que “walpa” significa vento) que assobia lá no alto enquanto tudo ao redor fica em silêncio por um instante. Não sei se é algo espiritual, mas o lugar realmente tem uma energia diferente — como se o tempo desacelerasse ou você simplesmente prestasse mais atenção porque nada mais te distrai.
Até hoje penso naquele primeiro clarão em Kata Tjuta — é difícil explicar por que fica na memória. Talvez porque ninguém fala muito nesses minutos; cada um está meio perdido nos próprios pensamentos ou ainda despertando. Enfim, se você quer um passeio de um dia saindo de Yulara, sem pressa, para ver Kata Tjuta no seu melhor (e com café da manhã incluso), esse é o passeio.
São cerca de 40 km de estrada entre Yulara e Kata Tjuta.
Sim, um café da manhã tipo piquenique no outback está incluído após o nascer do sol em Kata Tjuta.
A Walpa Gorge tem paredes altas de pedra e um caminho pedregoso; o ambiente é calmo e silencioso.
O grupo tem no máximo 11 pessoas.
Sim, o traslado de ida e volta do hotel em Yulara está incluso.
Sim, cadeirinhas especiais para bebês estão disponíveis mediante pedido na reserva.
É recomendável ter um nível moderado de preparo físico para a trilha na Walpa Gorge.
Um guia local profissional conduz o passeio e compartilha informações durante o trajeto.
Seu dia inclui traslado cedo do hotel em Yulara em uma Mercedes Benz Sprinter com ar-condicionado, observação guiada do nascer do sol em Kata Tjuta com bastante tempo para fotos ou contemplação silenciosa, café da manhã tipo piquenique no outback com o grupo entre as cúpulas, caminhada guiada pela Walpa Gorge com histórias sobre geologia e cultura, e retorno ao hotel antes do almoço.
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